22 de abril de 2009

DESAMADA


I
Ei, projeto!
Nas butiques
De Mafra;
Nas escolas decrépitas,
Nas fofocas
Em revista
É que procuras teu futuro?
Se o presente já não honra
O seu nome
E a previsão é um futuro
Alienante
Se o Brasil suicidou
Sua memória
(da garra rio grandense
às batalhas do nordeste)
então são a janela da
discórdia
e da miséria pela
qual se atirou).
Momentos se escondem
Nas estantes
Onde há livros
Sem alma
Que ninguém vai ler
Singelos, desaguam
Nas bacias do gigante
Sinuosas somorras
Não mais;
Escondem tão brilhantes
Plumas do ridículo
De uma pátria
Sem patriotas

II
Suéteres chilenos,
Príncipes prometidos
Pro nada.
Injustiças escorrem
Nos armários,
Passando por cubanos
Charutos do magnata gentil
O nasco polui valos do passado
Enquanto os mundos obscuros
Das telinhas de tevê
Brincam de fantoches,
Encobrem as verdades,
Jogam com a arte.
Esquecem o sinal.
Angustiados, tais como
Percorrem as formigas
Nas trancas hostis
Das ancas vastas
Dos seios da pátria
Fatídicos como
O que perscruta
Na retina dos olhos
Turvados diante
De tal descarado ataque.
Singelos, abruptos,
Desaguam nas bacias do gigante.
E as células,
Das células
Que descansam
Sem pudor
Na falsidade
Manuseiam sem receio
Todas as verdades
Desfechando
Num final
Verde e amarelo
Simplesmente.

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