13 de julho de 2009

DUAL


Quem é essa mulher
de preto cajal
e vago sorriso?

Que de olhos cobertos
de fumaça e nada
me cegam

Quem é essa inconsequente
que ainda que falte
parece presente?

Quem é essa doida
que com pose me tenta
como pode

Quem é ela
que de cabelos pintados
se prostra na porta

que diz sem vergonha
(sem dor)
querer-se ela mesma morta

Quem é a fulana
que com olhos de água
me segue e me provoca

Quem é ela donzela
que se aviso ir embora
se enche de lágrima e certeza

que com orgulho e clareza
me esconde e me beija
e finalmente me leva?

Um comentário:

  1. que lindo que lindo
    não deixo de estar aqui porque vindo aqui, penso nele, embora nos últimos dias tenho evitado mesmo pensá-lo, embora o ame, posto que é ar.
    e meu pulmaozinho cheio de fumaça ainda o necessita, nem sei. beijos amada, adorei a nova leva de poemas. eu fico fingindo que ora ele é que me escreve assim. depois te envio um email ;)

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