22 de abril de 2009

AUTOS


I
Ah...
vou.
Hoje morrerei de ócio,
e viver como ontem não viveria.
Ver fantasmas cavalgarem pensamentos,
equilibristas,
no alto...
não.
Já não me importo...
Revolução nos equinócios.
Padecer de todos,
todos os capadócios...
não,
não,
jamais será.
Em todas as fontes respirar
a vontade de negar,
o desafio de não ter
Talvez
mais que isso,
muito mais forte,
mais intenso.
Talvez
não poder

II
Habita todas as minhas sedes,
devora todos os meus desejos,
essa previsão de estrago
sobre tudo que já é especial,
que pode deixar de sê-lo,
sucumbir de um sonho
ver realizar-se.
Só, e muito mais que isso.
Ninguém...
ninguém poderá ser melhor.
Ninguém suportará perder.
Não sou única,
não sou só eu.
Somos dois,
pra sempre,
até que tudo termine.
Mas é mais que isso,
é além.
Ninguém rouba
ou estraga as obras da mente...

III
só nós poderemos
meu amor.
Só nos perderemos de amor.
Mas não agora,
vamos nos atrasar.
Fiquemos aqui,
no conforto de nossas belezas,
pra morrermos,
morrer mais que isso.
Morrer
Além.

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