Uma matéria orgânica, inorgânica às vezes. Amargurada, quase apodrecida. Uma coisa que sente saudade - feita de tristeza e arrependimentos necessários que nunca se esvaem. Uma coisa qualquer que se perde nos mistérios dos corações, já pousados n'um terror disfarçado de conformismo. Uma coragem inexistente escondendo uma aceitação inaceitável. Uma falta de hipocrisia de quem não sente baseada apenas na desculpa do que não foi. Explicações, infinitas, inacreditáveis, que se prolongam por intermináveis pensamentos de gesso...Um gesso que se quebra ao mais brusco sentimento do nunca mais. Uma madeira qualquer, devorada pelos cupins de um amor não amado. Papéis brancos, levemente rascunhados, esquecidos, traçados por um bicho tão tragicamente natural quanto traças. Cacos, assim, de vidro, de acrílico, que não sangram. Pior. Aglomeram-se. Cacos, devassos, mais.
22 de abril de 2009
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