22 de abril de 2009

NEFÁRIO


Não resta
Àquela pobr’alma
Um nasco do nada
Sequer
Senão a própria fúria
(amarga companhia)
Só sorri
Aos sorrisos
Das lembranças
Só caminha sobre
Os cacos da saudade.
Sempre escassos e gentis
Que um dia lhe já pertenceram.
E tanto faz
Ambos utópicos
Em sua triste realeza.
Não há tempo suave
Quando simplesmente
Não há com quem haver,
Não há mais nada a ver
Pois os dias
Só amarelam nas estantes
Não alegram,
Não fazem entrister.
Velhos, já frios
Em sua frieza,
Opacos em sua dor,
De tanto
Escondidos sentimentos.
Não há ruidez
Que acalente
O não ter
E não há nada,
Então.

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