22 de abril de 2009

DORES DO TROUXA


Leva com você
Algum sorriso meu,
Aquele que você gostar mais,
E deixe cá comigo
Sua falsa integridade
Leva uma pena longa
De solidão,
O longo sentimento
De ilusão que
Em mim deixaste,
Para escreveres
Nas paredes da saudade
Todo teu arrependimento,
Suas palavras em vão.
Me deixe aquí,
Poeta gago.
Com meu sorriso vago,
Meu riso largo
De outrora.
Me deixa com parcas
Lágrimas e poucas dores.
Venda o teto cinza da
Tu alma.
Agradeço a gorjeta
De agora amigo,
Mas digo,
dispenso
não preciso
Da tua moeda de mendigo,
Tampouco quero
Teus serviços chulos,
Mal contados.
Mal poeta.
Mal amado.
(ainda um dia,
anseio
amargo.
)

Um comentário:

  1. vc escreve como homem. eu me admiro que tenha nos versos e nos lábios esse sinal. é verdadeiro, quando te leio sinto o nome dos "infelizes" retumbante em mim. Continua, continua a tua jornada em desafiar pessoas que, o que sinto, sinto mesmo, fere até mim. Mais pessoalmente, não como artista, uma dor daqueles que nunca puderam se expressar até mim. É engraçado, um dia falaremos dessa coisa. Parece que estás do outro lado da minha íntima soberba (falo como o pequeno falaria no seu 2008).
    beijos
    chris

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