24 de agosto de 2010

GUERRA


Sou aquela que não foi à espada cravada
para descobrir a dor.
Sou quem não venceu a Guerra
pois perdeu o amor.

Sou de poucos amigos, e não tenho
vinis aos montes na estante.
Quem te fere a lembrança não sou,
mas sou quem te lembra do instinto pecador.

E não vou dizer que não choro pra caramba
e não dou a culpa a quem julgo merecer
O cão de guarda do meu coração
tem olhos rijos e não erra,

E mesmo rogo e vulgo sendo,
distinto, e leal não deixa de ser.
Sou a montanha esquecida por muitos,
e raramente escalada - sempre por poucos

Tenho cara de quem não oferece apoio
de quem não dá arrego
Mas a verdade é que não deixo de estar lá
pra ser empurrada e pra tentar puxar.

Se não desisto, não hesito em perguntar:
é a pergunta que leva o homem a lutar.
Mas eu fujo e não me nego.
eu me perco e não me lembro.

Se você quer encontrar,
sou generosa e aviso desde já:
eu já parei, pra não lembrar;
geralmente eu já parei de procurar.

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