10 de agosto de 2013

DIVAGAÇÕES

Sê dono dos teus olhos; a visão dos outros está sempre poluída pela sua própria escuridão, e nunca virá pura ás tuas retinas. Sê dono dos teus olhos, para não deturpar os passos de outrem. E lembre, sempre, podes amar o quanto quiseres, sem esqueceres das palavras de um jovem rapaz: maldito homem aquele que em outros confia.

Pulemos esses discursos fastidiosos, pungentes, proeminentes e vagos. Pulemos as divagações, que estas já faço muito bem e demais - sozinha, que é como prefiro tecê-las. Vamos para a parte efetiva e que ainda pode ser interessante para mim: Que merda é essa que você tá fazendo?

Digo no papel e digo muito, pra não dizer na cara, porque na cara sei que vai sair voz, grito, choro, e cuspe - esses pequenos resquícios da raiva, da frustração e da mágoa que sempre vêm da dolorosa e pungente consciência de que nada se pode fazer.

Já aconteceu com você? Ter um sonho tão marcante, tão interessante sob vários aspectos, que se torna impossível evitar a obsessão subsequente em, de algum modo, torná-lo real?

Colocam tudo que você é numa caixinha. Finalmente eu entendo porque é que eu via tristeza por trás do rosto satisfeito das bonecas russas. Você é grande. Você sabe que é. Mas, de repente, vão te tirando todo o resto, até chegarem no que existe de menor, de menos, e de pior em você. E te resumem áquilo que, na verdade, é um pedaço mínimo e insuportável - até pra você. Algo que você odeia - tanto, que esconde o mais fundo que der. mas escolhem isso, justamente isso, para te explicar.

Nesse caso, você tem três opções:
1. Ele reconhece que você é uma mulher incomum e qualquer passo em falso aniquilaria oportunidades.
2. Ele é um homem incomum.
3. Ele é um homem tão incomum que nem gosta de mulheres.

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