fonte: Germinal Rouax |
como naquela época
eu me doô,
me dôo;
me curo.
Querendo comer o mundo,
transbordo cega,
nesse caos de líquidos
Minha borda crua inundo
de sabores hediondos
Crime, impulso, humano;
me sujo, de instinto
Da dor abrupta, me salvo,
do vazio inevitável.
Carnes, plásticos, pêndulos, mais;
nada me detêm.
O vermelho me drena
como de quem corre
escala, cavalga.
O movimento me pede
Se ajoelha sobre meu cerne
e me implora
Ele me pulsa,
me joga, me suga
me atira.
O veneno me atrai
me segue
me vence.
Em uma unidade de tempo
que não cabe nos meus espaços
Diminuo e cresço,
subo e desço
Incho, murcho.
Inferno, céu.
Preciso.
Movimentos.
Precisos.
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