10 de agosto de 2013

PRECISO(S)

fonte: Germinal Rouax
Querendo comer o mundo
como naquela época 
eu me doô, 
me dôo; 
me curo.

Querendo comer o mundo,
transbordo cega, 
nesse caos de líquidos

Minha borda crua inundo
de sabores hediondos

Crime, impulso, humano;
me sujo, de instinto

Da dor abrupta, me salvo, 
do vazio inevitável.

Carnes, plásticos, pêndulos, mais;
nada me detêm.

O vermelho me drena
como de quem corre
escala, cavalga.

O movimento me pede
Se ajoelha sobre meu cerne
e me implora

Ele me pulsa, 
me joga, me suga
me atira.

O veneno me atrai
me segue
me vence.

Em uma unidade de tempo
que não cabe nos meus espaços

Diminuo e cresço, 
subo e desço
Incho, murcho.

Inferno, céu.

Preciso.

Movimentos.

Precisos.



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