22 de abril de 2009

LINGUARDENTE


Que língua é essa
que se torce
e se distorce
tanto e sempre
como nunca
nessa boca
em carnardente?
E se dissolve
nos papéis e nos amores
inconstantes
todinstante?
Que toda se desdobra
e se empicaça.
Me diz,
que língua é essa,
quente.
Que com
ou sem palavra,
com ou sem
amor
não há outra que guente
ser devagar
e covardemente devorada
e fisgada eternamente
(como conceito de camões)
sem implorar por resposta
ou resgate urgente
por outros lábios,
evidente;
Não,
Não há amores
que evitem
Se o são e mesmas dores
Verdade,
Todo entrelaçar é deleite,
Sem tal qual não há paixão
Ou humanidade.
O que é da boca, afinal,
Senão guardiã de balas
E de cores.
Dos dentes,
da língua,
e dos amores?
Sem a língua
não há
gente
Não há grito
ou choro de contente,
Sem tal qual
o desvario das bocas
Torna a vida
um fado ultrajante

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