4 de agosto de 2009

INSONE



E este incauto
cujo barulho me faz viver
para apenas não viver
sem o barulho
solto do meu salto
E este dito
cujo de quem falo
do primeiro, digo,
ao qual me refiro
(e do segundo já digo)
que em cujo sorriso me atiro
mas digo que fujo
E desse pedaço picasso
e sujo lambuzo
minha alma e amaldiçôo
o destino ou
a inconsciencia ou o desatino
talvez até o pecado.
um desses há de ser o dito cujo -
o primeiro vos digo -
que em algum tempo me salva,
e n'outro comigo aos prantos me joga
- ao segundo, não digo
E esse táutaro
que me ignora
com os olhos e com sede devora
e me tenta com o riso dos irônicos
sobrando no lábio,
em mim de desejo negado inflama
mas inda que só nos meus pensamentos
me chama

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