Fonte: na imagem |
De tão gastos teus sapatos já não pisam
mas mastigam o meu chão
De tão parcos os teus passos não exploram
mas ferem o meu som
De tão surdos os teus lábios já não beijam
mas toleram meu delírio
De tão farto o teu pão já não peca,
já não mata, só engana
De tão sempre teu cansaço não sugere,
não alenta, só me segue
De tão pouco teu suor não me alucina,
só me sente, some em pele
De tão santo o teu peito já não chama
já não queima, já não febre
II
De tão muito tua mão inda me inflama
teu amor inda me aquece, teu afeto inda me sobra
De tão sempre é teu circo que me entrete,
é teu olho que me chama, é o tudo que insana
De tão sim é tua música que conforta,
é teu silêncio inda aquele me entorta
De tão largo, no teu peito, cabe tudo
E eu juro, juro. Torno meu o nosso mundo
(Tem tanta coisa sua que não me esqueço,
que até me perco)
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